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Psicanálise, identidade e autoconhecimento

Identidade não é um conceito do arcabouço psicanalítico, mas nem por isso deixa de ser um tema relevante para discutirmos. Podemos dizer que a identidade é a maneira como o indivíduo se percebe e se constitui, a maneira única como se define.


Esta identidade, a imagem que o sujeito tem de si mesmo, é formada ainda na infância e construída inicialmente a partir das afirmações que recebemos de pais e cuidadores, como um reflexo, em um processo de identificação que resulta em uma imagem distorcida de nós mesmos. Este processo psíquico inicial determina um padrão, uma referência a qual estamos sempre a nos comparar e é determinante para a forma como nos enxergamos e nos relacionamos com os outros ao longo da vida. De acordo com Freud, a identificação é a mais antiga manifestação de uma ligação afetiva a outra pessoa. Este processo é fundamental para a constituição do sujeito.


A boa notícia é que este processo é dinâmico, e ao longo da vida passamos por novos processos de identificação que de alguma forma estão ligados ao processo de identificação inicial. O autoconhecimento é uma via através da qual torna-se possível acolher a história da formação inicial desta imagem e tecer elementos para a criação de um novo discurso que nos possibilite a construção de uma nova imagem de si que viabilize a construção de relacionamentos saudáveis.


REFERÊNCIAS:

Introdução ao narcisismo, Freud, 1914

O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica, Escritos, Lacan, 1949




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